MEU SANGUE, MEU FILHO

Meu Filho!!! Meu Filho,

saído do meu sangue,

gerado de uma placenta!!! Isenta...

Que sangue perdido,

do mês ao outro,lacrado e chorado.

Meu Filho, um Filho da vida do outro,

que vive e labuta,que sua seu pão.

Oh!!! Não...Não me faça chorar,

por um filho que ainda não posso ter

Não me faça rir, da sua presença,

no sangue e no ventre...

Que entre e não saia enquanto

a moça voltar....

Teu colo , teu ninho

menina não me faça chorar,

pelo sangue que perdi....

Do filho que tenho gerado e esculpido

de tua imagem, vedada, escrachado,

pelo povo, pela mente,

só me resta do adeus,

ao sangue jorrado pelo meu corpo,

que o chão, não aceitou.

Meu Filhho!!! Meu Filho,

que transparência me faz,

violência a que nos traz,

Oh!!! Menina, não esqueças,

nunca o seu canto...

E não se iluda nunca com o mal...

Filho meu!!! Oh!!! Filho...

que provocaste o riso,

pranto sem dor,

parto agora, vou embora

Quero o sangue que secou,

coagulou e sumiu...Virou semente

Que nasceu de uma flor,

cor rubra de sangue,

com o cheiro da terra,

o corpo da natureza fisíca...

Uma replica do nosso amor,

uma força que vem do além,

um filho da eternidade...

Nunca é tarde...

Não!!! Era o filho que temia,

eu até escondia, o sangue que corria,

gemia pelo regaço, dos teus braços.

Nosso campo imundou.

Olha, vem do céu

o vermelho daquela flor.

Vem do beijo, esse louco desejo

de ser você só de amor.

Transformai em forma

Um espectro...um feto....

Do filho que não causei,

afogado pela sociedade,

Línguas...Oh!!! Pátria achada

corrupcão despojada do filho da pátria

sujo de sangue que a historia criou,

estanca me corpo do sangue louco.

OH!!! Mãe da terra...

meu filho chora pelo coraçao

que encerra o solo da guerra.

Faça amor!!! Faça.. por favor

pelas serras que o sangue ainda

não pisou....

Meu filho...

Filho saído de uma poça de sangue,

chora pela tua terraa,

o chão que nascestes,

pelo pão que comestes

Batalha pela tua sorte,

que a morte ainda não chegou,

sorri o riso da espera,

que a semente germinou.

O sangue da nova era...

Oh!!! Criança da terra fértil

põe teu ventre no colo do Brasil,

e formica nele teus desejos,

desejos insanos, eu sei,

mas de que vale o sonho...?

mas de que vem a ser a poça...

o sangue do meu filho que não cresceu..

Meu Fillho!!! Oh!!! Fillho meu

dai a essa gente

o espaço que era seu...

dai o seu ar, seu suor!!! Filho meu,

boceja a criança que é minha.

acorda a menina que não nasceu...

soraia