OS CINCO CRIMES (DAS) CAPITAIS

E as luzes da cidade ofuscam meu brilho

Brilho tão moderno, excêntrico

Ao alto, elevo as mãos, cadê o meu brilho?

Passou, gritou o senhor da pura verdade ofuscada.

E as vozes da cidade escondem a verdade

Verdade volátil, densa

Ao chão, grito ao redor, cadê a verdade?

Escreveu, ditou o editor chefe da lente da verdade obrigada.

E o toque da cidade maquiou o invisível

Invisível perto, feroz

Aos deuses, louvo divinamente, cadê o invisível?

Amamentou, disse a senhora da rosa escondida no sangue real.

E o canto da cidade ecoa diferente

Diferente forma, marginalizado

Ao instrumento, choro discretamente, cadê o diferente?

Dissipou, aclamou o político nova na fama de achar nada.

E a fome da cidade me destrói lentamente

Lentamente surdo, fome-mente; fomemente

À compaixão, derreto-me, cadê a rapidez?

Parou, reiterou a criança no chão pensando na mudança: lentamente

As luzes da cidade ainda ofuscam minha visão

As vozes da cidade ainda escondem a verdade

O toque da cidade ainda torna-o invisível

O canto da cidade ainda ecoa estranhamente diferente

Mas a fome da cidade ainda nos destrói a lentamente a cada dia que se avança...

iuRy
Enviado por iuRy em 09/04/2006
Código do texto: T136457