Politiquices



Podemos viver bem alegremente
Mas eis que aumentam os impostos
E lá vem a raiva veemente
E os desgostos

Imaginamos alimentação igual
Daí a televisão mostra lautos-festins
Ficamos com a sensação de desigual
Nem sobrou pudins

Com ares de reis, os políticos esbaldam
O povo espera e clama por justiça
E os mesmos sequer se abalam
Eles têm preguiça

Para o povo, circo e pão, quiçá chá
Esvai-se da lembrança digna vida
Eles na mordomia de um marajá
Sobra-nos a lida

Educação, incentivo a boa leitura
Que é isso companheiro? Iletrado é melhor
Afinal, assim podem manipular a feitura
E ficamos na pior

Saúde, nem falar, muito menos pensar
Continua a velha política de conta-gotas
Muitos morrem a espera , verdadeiro penar
Somos rotas

Rotas para alcançarem o famigerado poder
Depois, viram e seguem para o lado oposto
Sem ligar ao bem – estar ou ao saber
Será por gosto?