Poesia urbana

Vejo poesia na rua, cheia de gente ou vazia,

Nas rodas do skate que passa, no motoboy rasgando a via,

Na árvore solitária e sua sombra, em meio ao concreto ardente,

Enxergo versos nos elos, e poesia nas correntes,

O apito do guarda, a buzina e a sirene do resgate,

Letras pichadas e grafites, tinta em forma de arte,

Sim, é poesia, o grito do vendedor cria inspiração,

A arte se mostra na busca, diária por provisão,

Poesias alegres e tristes, versos prontos ou inacabados,

As cores semafóricas lembram a esperança, o medo e o pecado,

A mulher que vende os limões, o garoto oferecendo chicletes,

Há poesia no carnaval, e no gari varrendo os confetes.

BORGHA
Enviado por BORGHA em 05/03/2009
Reeditado em 05/03/2009
Código do texto: T1470328
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