Poesia urbana
Vejo poesia na rua, cheia de gente ou vazia,
Nas rodas do skate que passa, no motoboy rasgando a via,
Na árvore solitária e sua sombra, em meio ao concreto ardente,
Enxergo versos nos elos, e poesia nas correntes,
O apito do guarda, a buzina e a sirene do resgate,
Letras pichadas e grafites, tinta em forma de arte,
Sim, é poesia, o grito do vendedor cria inspiração,
A arte se mostra na busca, diária por provisão,
Poesias alegres e tristes, versos prontos ou inacabados,
As cores semafóricas lembram a esperança, o medo e o pecado,
A mulher que vende os limões, o garoto oferecendo chicletes,
Há poesia no carnaval, e no gari varrendo os confetes.