Os olhos dos pedintes
Úmidos e fundos
Gritam dentro de mim
Por pão
e generosidade
 
Os olhos doloridos dos negros
Gritam por  reconhecimento
Justiça  
e igualdade
 
Os olhos mundanos
Das prostitutas
nas esquinas
Gritam veladamente
Por dignidade
 
Os olhos das crianças
Transbordam de alegria 
E inocencia
Tão longe
da maldade
 
Os olhos mortos dos cegos
Escuros como a noite
Clamam por um fio
De claridade
 
Os olhos doídos dos velhos
Não gritam mais
Embebidos de resignação
E humildade
 
 Na cruz, os olhos de Cristo 
Quando se  fecharam 
Deixaram cair uma lágrima na terra
Eivada de dor e iniqüidades!!
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 22/04/2009
Reeditado em 06/04/2014
Código do texto: T1554204
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