CIDADE MORTA

A cidade está morta,

tão morta que nem sente

este fogo que lhe consome as entranhas,

e lhe torra a alma,

exalando no silêncio das madrugadas,

o sufocante cheiro de gritos queimados

No dia 11 de outubro, centenas de pessoas, dentre elas, muitas

crianças, foram vítimas de um incêndio que consumiu totalmente

a favela Diogo Pires, no Jaguaré, deixando-as desabrigadas

E diante uma situação como está, fica a pergunta: Até quando

continuaremos ignorando as tamanhas injustiças sociais existentes

em nosso país, que faz com que milhões de famílias continuem

expostas a todo e qualquer tipo de adversidade ?

Afinal, de certa forma, trata-se de uma ferida que atinge à todos

nós, sem excessão

Marcelo Roque
Enviado por Marcelo Roque em 13/10/2009
Reeditado em 28/08/2011
Código do texto: T1863360