Sem nome
Na noite escura,
De longe um grito,
Na rua um aflito
Procura abrigo.
No peito a dor,
Na barriga a fome,
Do frio se esconde,
O ser não tem nome.
Seu endereço, a rua,
Sua luz, a lua,
A necessidade é sua,
A dor é nua e crua.
O olhos vazios,
A voz trêmula,
O coração grato,
Ao que lhe permite viver.
“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” Mt 6.34