Grito de Socorro
Grito de Socorro
Na pele, o golpe do machado
golpeando várias vezes, sangue
derramando em golfadas, ela exangue.
Folhas choram caladas, árvores
se escondem medrosas.
Pobre mangabeira chorosa!
Lágrimas correndo pelo ribeirão,
santuário ecológico maculado.
Tristeza toma conta das matas!
Flores campestres tecem coroa
mortuária, o troco, urna funerária.
Assassinos continuam trabalho!
Belos angicos arrastados em correntes,
escravizados por comerciantes são
transportados para praças de comércio.
Florestas devastadas, melodia fúnebre
dos machados são ouvidas pela natureza,
serra acionada por um motor é contínua.
Marta Peres