Grito de Socorro

Grito de Socorro

Na pele, o golpe do machado

golpeando várias vezes, sangue

derramando em golfadas, ela exangue.

Folhas choram caladas, árvores

se escondem medrosas.

Pobre mangabeira chorosa!

Lágrimas correndo pelo ribeirão,

santuário ecológico maculado.

Tristeza toma conta das matas!

Flores campestres tecem coroa

mortuária, o troco, urna funerária.

Assassinos continuam trabalho!

Belos angicos arrastados em correntes,

escravizados por comerciantes são

transportados para praças de comércio.

Florestas devastadas, melodia fúnebre

dos machados são ouvidas pela natureza,

serra acionada por um motor é contínua.

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 28/01/2010
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