POEMINHA ECOLÓGICO

Eis que surje,

Boiando no rio,

O cavalo morto.

Era,

Talvez,

Indomável,

Com suas crinas de fogo

E hálito de liberdade.

Sem marcas,sem dono,

Eis que surje

Os bens do cavalo morto:

Um sol de tarde viúva,

Um tronco impedindo o corpo

E várias garrafas de plástico.

Eis que surje por empréstimo

A morte

do

cavalo

morto.

Gilberto de Carvalho
Enviado por Gilberto de Carvalho em 13/04/2010
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