DEZ, NOTA DEZ!

Há certas coisas que acontecem,

eu não nego

O amor é cego,

sei que é porque carrego

Esse comigo e não merece explicação

Por Deus, não cri

Quando eu ouvi que Maristela

Desceu do salto e subiu para a favela

Apaixonada, veja que contradição!

A moça era

o que há no mundo de arrogante

Cordão de ouro e pulseira de brilhante

Não se movia se não fosse num carrão

Agora passa na garupa, tão faceira

Do motoqueiro, rumo ao alto da ladeira

Seja no Estácio,

no São Carlos,

no Alemão!

Vejo essa moça debruçada na janela

Em pé na porta, a mais sublime sentinela

Uma miragem,

Uma deusa,

Uma visão!

Hoje desfila toda essa simplicidade

Deixou no asfalto toda a sua vaidade

Pra ser destaque dentro do meu coração.

Helio Pequeno
Enviado por Helio Pequeno em 17/05/2010
Reeditado em 17/05/2010
Código do texto: T2263022
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