Monotonia
A noite estava quieta.
Nenhum rumor na rua deserta.
O escuro, era o que predominava,
E o medo, crescia a cada passo.
Uma canção, muito mal cantada,
Começou a crescer,
E passos, arrastados,
Começaram a me atordoar.
Era um bêbado.
Vinha ele, cantando e tombando,
Sem medo de nada.
Parecia estar no quintal de casa,
De tão à vontade.
Pensei em acompanha-lo,
Também queria sentir aquela sensação.
Cantar, rir do nada, tropeçar, e voltar a rir
Queria esquecer do mundo por um minuto.
Ele se foi,
E eu continuei.
Cheguei, enfim, em casa.
Tomo banho, janto e vou dormir.
Amanhã cedo tenho que ir trabalhar,
E fazer tudo, outra vez...