E então,
tenham-me por idolatria.
Eis que aqui estou
a fartar-me de elogios.
Dou-lhes por certo
meu peito por esteio.
Mas, todos deverão
bajularem-me em frenéticos
galanteios.

Ainda que soem falsas
estas palavras, que importa?
Nutro-me desta inquietação!
Sobrevivo da incômoda dúvida
destes humanos que não SE SABEM,
e agarram a primeira mão.

Sou o construtor de nadas,
suspiro infindavelmente destruição.
Afinal, o que esperas?
Anda dê-me a tua mão,
enalteça-me!
Ainda que mentindo.
Pois sua mentira, é poesia
em meus ouvidos.
Sim! Sua mentira
é tijolo de minha construção...