Fachos incendiários da desilusão

Aos que encontrar pelo caminho
Desejo olhá-los bem lá no fundo dos olhos
Pra distinguir a exuberância de sua exclusividade
E nela deleitar-me sem pressa

Nessa caminhada quero me deter
Na riqueza da paisagem
No convívio dos transeuntes macerar
A dor causticante que me acompanha

Às luzes que vão me iluminar na jornada
Peço luminosidade aos meus pensamentos

Quero me dedicar a desprezar
o desprezo e a indiferença.
Para irradiar meu ser nos corações aflitos
Amainando os fachos incendiários da desilusão

Todos os perfumes!
Desejarei inalar um meu trajeto
Os aromas que exalam das pessoas
E de seus peculiares existires

Sou o navegante solitário
Que da solidão se despede
Navego em águas profundas
Rumo ao horizonte infinito

Quem sabe um dia no futuro
À minha espera eu encontre
Embalado no suave canto místico das sereias
A exata medida do coexistir e , por fim, a felicidade!