Tá tudo errado ultimamente
Especialmente no clima
O planeta sofre enchente
Queimadas com muita cinza.
Que pena! A culpa é da gente
Que não assimila o que ensina.
A ganância cega o povo
A ambição desmedida
E o muito se torna pouco
Se não valorizarmos a vida.
Cidades inteiras queimam
Outras vão por água abaixo
E mesmo assim não despertam.
O homem destrói os laços
Que temos com a natureza
Descontrolada ela cresce
Vem se vingar na pobreza;
Que é sempre quem padece
Diante às falsas nobrezas.
Aqueles que ignoram
Quem realmente trabalha
Escondendo o quanto choram
Por só perderem batalhas.
A corda sempre arrebenta
Do lado chamado fraco
Porque quem tem nunca pensa
Do pobre que mora ao lado.
O mundo está se acabando
Com chuva, geada e seca
Alguns lugares queimando
O gelo causando cheias;
A neve cobrindo estradas
Destruindo plantações
Quem planta não colhe nada
Armazena frustrações.
Os políticos corrompendo
Para ganhar eleições
Alguns pobres se vendendo
Por uns minguados tostões.
O honesto é que vive prezo
Pra puder sobreviver
E sempre a morrer de medo
Sem ter muito o que fazer.
Viver custa muito caro
Pra entregar a bandidos
Por isso mesmo é que falo
Nem deviam ter nascido.
E eu bem que gostaria
De ser uma autoridade
Pra acabar com essa alegria
Sem dó e nem piedade
Bandido sequer é gente
Não merece caridade
Mas um quente e dois ferventes.