Peito de Aço
No meu peito de aço
Não entra a bala perdida do desgosto
No encosto da relva
No calabouço primário
A secundária vitima
Da desordem conturbante
Dos irrelevantes e palpitantes.
No meu peito de aço
Não entra a bala perdida
Da ironia.
A fazer apologias
Ao desrespeito mutuo
Com o discurso
Da falsa vitória.
No meu peito de aço
Entra a bala certa.
Perfura meu coração enlatado
Contempla-me com louvor
Com amor
Com a palavra da verdade.
No meu peito de aço
Entram as balas da coragem!