REBANHO

Eu me calei, não reclamei

Não protestei me acomodei.

Mas dentro de mim

Tudo se agita! Tudo grita!

E uma voz me sussurra:

- Você também é responsável.

Eu tenho medo, guardo segredo

Entra em degredo o meu coração.

Mas esse medo me deixa aflito

É como um grito na escuridão...

Eu, consciência, não fico quieto

Olho, aponto, mostro a maldade.

A boca cala tanta desonra

Tanta vergonha, tanta verdade...

Dentro da cuca o eco explode

Mas e inércia finge não ouvir...

E como eu, todos se calam

Vivendo farsas, falsos a sorrir...

Como cordeiros, mansos cordeiros

Entregues aos lobos, aos canibais

Vai o rebanho magro, faminto,

Se consumindo sem ideais...

Marsoalex
Enviado por Marsoalex em 21/10/2010
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