Vontade e Realidade

Para a primeira mulher presidente do Brasil

Por Ana Helena Tavares*, em 31 de Outubro de 2010

Vontade de mergulhar no oceano

Flutuar como gota

Cristalina e sem pano

Uma sanidade louca

Vontade de abrir o berreiro

Fechar-me em lembranças

De um sonho inteiro

Regado a esperanças

Vontade de voar, voar, voar

Nesta noite de imensidão

Com uma estrela vermelha a brilhar

O meu vôo é o de uma multidão

Vontade contraditória de ficar

Para ver outros brilhos com firmeza

Que iluminam o meu bem-estar

E me dão do progresso a certeza

Realidade de um povo sem engano

Andando de cabeça erguida

Com rumo e sem cano

Com dignidade de vida

Realidade de abrir a carteira

Fechá-la sem dó

Partir para a feira

E fazê-la melhor

Realidade de sonhar, sonhar, sonhar

Porque sonhos já não são só osso

Com comida na mesa ao jantar

No café e no almoço

Realidade eufórica de ter

Noites com mais tranquilidade

Realidade histórica de ser

Dono da própria vontade

*Ana Helena Tavares é jornalista por paixão, escritora e poeta eternamente aprendiz.

Ana Helena Tavares
Enviado por Ana Helena Tavares em 05/11/2010
Código do texto: T2598556
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