Crianças famintas

Novamente para aqui nesse semáforo

Vejo crianças famintas

Posso sentir seu sofrimento

Elas imploram por um pedaço de pão

Perdidas na droga

Cheiram cola

É a forma mais barata de passar a vontade de fumar

Não querem a nicotina

Querem a pedra

Carinhos de pai não conheceram

Foi lá nas ruas abandonadas

Que se desenvolveram

Foram jogadas que cresceram

A fome já faz parte do dia a dia

Na noite não há sono

Perambulam por aí

Feito cão sem dono

As escolas não frequentam

Somente a escola da vida

Solitariamente perambulam

Sozinhas, despidas de pudor

No seu coração somente a dor

Dor da desilusão

E saudade de algo que não tiveram

Família, educação e carinho.

O Poeta Realista
Enviado por O Poeta Realista em 24/11/2010
Código do texto: T2634224
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