Na Voz do Poeta

Lança a tua voz inocente sobre o rio das cidades,

sobre os casebres no morro que continuam caindo

no meio a latrinas, dos sempre esquecidos.

Lança a tua voz de revolta sobre a miséria insistente,

sobre as águas da chuva que afogam famílias

no preço da vida dos pobres sem sorte.

Canta num tom de esperança pros corpos que agora estão afogados

Canta pros corvos de sempre, à espera da angústia dos necessitados

Canta pros donos de tudo, eleitos senhores que ficam calados

Canta, canta poeta, esse é teu ofício, também tua sina e nobre missão.

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