ASSIM FOMOS, SOMOS E SEREMOS...

Serão minhas verdades invertidas,

Ou inverdades as certezas desse mundo?

Pois não há forma de viver em harmonia

Com segmentos e valores absurdos.

São obscuros os caminhos que traçamos

Nos anulando ante a hora de agir,

Assim fingir direcionar os nossos planos,

Quando mal somos livres para decidir.

Fomos moldados pela crença e pelo medo

De sermos julgados pelos atos cometidos.

Assim tolheram o que é nosso por direito:

A opção de ter em mãos o livre-arbítrio.

Somos mesquinhos com aqueles que nos amam,

Idolatrando a eloquência de homens vis,

Meros fantoches subordinados por um bando

De soberanos ordinários e imbecis.

Não há verdade absoluta, diz o cético,

Seguindo o pirronismo inconsequente.

Assim dividem opiniões de um povo débil

Que segue as letras das canções incoerentes.

Não somos nós inferiores a ninguém

E não há quem possa a todos iludir.

Ao guerrearmos, feriremos sempre alguém

Que como nós será refém do que há de vir.

E o que virá é mais um dia de batalha

Contra a insensata mira da artilharia,

Que encarcera a faculdade dessa massa

Destinada a sujeitar-se à tirania.

E novos dias se oporão a renascer,

E como nós vão se render à autoridade

Dessa absurda divindade do prever

Que o sofrer é necessária aprendizagem.

Assim renascem erros graves do passado,

Que acorrentam o instinto de agir.

Seremos sempre seguidores molestados,

Reles escravos adestrados pra servir...

Vanessa Rodrigues

Vanessa Rodrigues
Enviado por Vanessa Rodrigues em 20/01/2011
Código do texto: T2741453
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