ANONIMATO

Que ser é esse tão impuro

Que faz parte desse mundo

Que anda pelas ruas

Que vaga sem destino

Que chora toda noite

Que vive em desatino

Que ser é esse

Que fecha os olhos para o mundo

Vive feito um vagabundo

Nasce e cresce sem prazer

Que ao fim de cada dia

Só sonha em morrer

Que ser é esse que comove tanta gente

Que com medo segue em frente

E não pensa no futuro

Rouba, mata

Sofre, chora

Busca forças para viver

Enquanto isso se humilha para ter o que comer

E a vida passa sem resposta

Todo mundo tranca a porta e finge não saber

Quando me vejo assim tão perdida

Desamparada na vida

Abandonada nesse mar de incertezas

É sem dúvida meu pior momento

Ando, penso em tudo ao mesmo tempo

Vôo ao céu, visito as estrelas

Alcanço a lua com os pés no chão

Fecho os olhos e vejo o infinito e tudo é tão bonito

Pena ser ilusão

Pauline Campos
Enviado por Pauline Campos em 18/11/2006
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