ANONIMATO
Que ser é esse tão impuro
Que faz parte desse mundo
Que anda pelas ruas
Que vaga sem destino
Que chora toda noite
Que vive em desatino
Que ser é esse
Que fecha os olhos para o mundo
Vive feito um vagabundo
Nasce e cresce sem prazer
Que ao fim de cada dia
Só sonha em morrer
Que ser é esse que comove tanta gente
Que com medo segue em frente
E não pensa no futuro
Rouba, mata
Sofre, chora
Busca forças para viver
Enquanto isso se humilha para ter o que comer
E a vida passa sem resposta
Todo mundo tranca a porta e finge não saber
Quando me vejo assim tão perdida
Desamparada na vida
Abandonada nesse mar de incertezas
É sem dúvida meu pior momento
Ando, penso em tudo ao mesmo tempo
Vôo ao céu, visito as estrelas
Alcanço a lua com os pés no chão
Fecho os olhos e vejo o infinito e tudo é tão bonito
Pena ser ilusão