POBRE DE NÓS...
Pobre de mim, na descoberta da vida
Tristes memórias em meus pensamentos
O sol parecia que incendiava a terra
Sentia o inferno na pele a todo momento
Pirão d’água quando a chuva ajudava
Um carne com sal bem queimada no sol
Cortar palmas para alimentar as cabras
Irrigando com suor a terra! Ó Deus tem dó!
Quanta ironia a que pesa nessas terras
Maior ainda, o fato de ser sido mar o sertão
Sob teu solo, abundância de águas
E sob o sol, a seca devasta sem perdão
Quanta receita social gera estas terras,
De gente guerreira, humilde e sofrida?
Que a cada 2 anos, recebem promessas
Mas, nada muda. Não ligam pra suas vidas
Tomara, ó meu Deus! Tomara!
Que nasça um mar d’água doce nessas terras
Para acabar com a dor de teus filhos humildes
E os homens de terno não desviarem estas verbas.