Olhos na Escuridão

Sinto que estou sendo observado.

Por essas bocas malditas, estou sendo julgado.

Abomináveis acusadores, afastem-se de mim!

Cuidem de si, e me deixem prestar contas no fim!

Vejo grandes olhos de medo se concentrarem em mim.

Por que? Tenho algo de ameaçador?

Sou uma pessoa normal - nada em especial - simples assim!

Ou achas que esse meu pensamento é enganador?

Engana-se tu, que agora me observas com ódio...

Nada te fiz, sou uma boa pessoa!

E se já te fiz, que fique no passado o episódio.

Não guarde rancor, não se rebaixe à-toa!

Olhos negros, olhos vermelhos, vejo na escuridão!

Mesmo sendo apenas olhos, sinto o sorriso de zombação...

Malditos observadores, revelem-se, apareçam!

Ou fechem suas enormes bocas, e meu rosto esqueçam!

Já cansei de tantos mistérios!

Não quero mais ouvir conselhos!

Mostrem-me vossas faces, sejam sérios!

Acende-se a luz e vejo então... Espelhos!

Felipe Costenaro
Enviado por Felipe Costenaro em 03/08/2011
Reeditado em 17/09/2011
Código do texto: T3137846
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