CAMISETA AMARELA

"Uma coisa é um país

outra um ajuntamento"

Afonso Romano de Santana

Pobre camiseta amareladas,

um farrapo abandonado,

tocou numa camisa branca

queria ganhar um trocado

e deixou manchado

o belo e alvo pano

bruto como só é capaz

o cruel ser humano

um “não” esbravejou o rapaz

Sendo curto grosso e ortil

Só a camisa interessa

Ao bruto asno inbecil

A camisete amarela

Imergiu na multidão

Foi ouvi pra outras bandas

A mesma exclamação

Não sabem os homens de bens

Os donos da situação

Que a vitima de hoje

Amanhã pode ser o vilão

Ó patria armada, mãe ostil

Quem foi que viu

Que naquela camiseta amarela

Estava escrito Brasil?

Estava escrito brasil...

Mas escrito com graxa

Com graxa preta como a pele de que a vestia

E na palavra negra

Por ser negra tinha poesia

Dizia a mais puras das verdades

Verdade que o povo não ouvia

Gritava com o seu silencio

Que toda beleza e magia

Do esnobe boa vida

Que na vida só vadia

Custa caro, e muito

A quem pagar não divia

Custa a dor de esperar

Por um futuro que se destancia.

Cleiton da silva
Enviado por Cleiton da silva em 05/01/2007
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