Feira das Vaidades
A feira das vaidades alucina
Distorce e entorpece
Destila a mais podre insinuação
De mentes deterioradas
Esvaziam-se em seus devaneios abruptos
Devorando avidamente o dissabor
Da alegórica farsa humana
Pedras disfarçadas em transe
Despencam o memorável deturpado
Veem um sem sentido descomunal
Projetando suas mais torpes ganâncias
Sobre as mentes mesquinhas de grande pequenez
Acabam permitindo o volume avassalador
De pormenores atolados entre ultrajes
A feira das vaidades corrompe e destrói
E sem querer ver o inevitável
Homens se lançam ao abismo do mal.
São Paulo, 20 de janeiro de 2012.
Marcela de Baumont