AS CUSTAS DA MISÉRIA
No escuro frio do vento
Com o rosto vermelho,
E o corpo seco,
Acua-lhe o pensamento.
Na pobreza de sua vida
Vive dos restos da grandeza,
Mas não come caviar.
Flagelada no vento
Corpo tremulo,
Rosto queimando
Estômago doendo.
Na miséria de sua vida
Vê no ar algo de belo
Alguém e indicada ao Nobel,
as custas de sua miséria
e por conta do farelo.