Dança Real

É uma jovem bailarina,

Que tem toda a graça de menina.

Parece flutuar no palco,

Como etérea núvem de talco.

Para que luzes se ela tem brilho próprio?

Com seus passos de graça, agracia a todos.

Música para quê, se aquela que dança é a própria arte?

Arte em vontade, em sapatilhas lépidas e fitas...

Uma criança, uma dançarina...nossos sonhos, (perdidos)

Ela, com ingênua vivacidade, incorpora nosso querer dançar.

Estamos lá...com ela no palco, nós todos...bisonhos.

Somos nós a dançar nela...e a vida a passar.

Seus passos e sua clareza de ser pura,

Nos transporta aos nossos anseios

E tira-nos de nossa realidade dura,

Fazendo-nos esquecer nossos pesadelos mais feios.

Nossa alma sentimos leve,

No coração, toda suavidade da flor.

As intenções, tem o branco da neve.

E nosso existir ausente de dor...dor...

A dor...que sofre a menina sofre...

Sofre a dificuldade da pobreza...

Pobreza dos corações que, inoportunos,

Não dão oportunidade...e ela dança.

Pais doentes...e ela dança.

Desempregada...e ela dança.

Discriminada...e ela dança.

Marginalizada...e ela dança.

Dança a saúde.

Dança a igualdade.

Dança a inclusão social...

Dança a solidariedade.

Não é mágica!...é realidade...

Mostrando que se deve ter vontade,

De sempre caminhar...de dançar...de bailar,

Contra o mau e o alheio tomar.

A linda menina baila e domina o palco.

Sua pele e seu sorriso de pricesa negra...

Óh!...e compreendemos a podridão de nossos

Superficiais conceitos falsos pois...

Imaginamos a bailarina branca!!!...E não negra!!

Ela enfrentava toda sorte de dificuldade.

Por ser de Negra Beleza!!

Linda princesa, Bailarina de Ébano...

Obrigado por sua grandeza...sua nobreza.

Obrigado em ser nossos sonhos...

Nossa linda Bailarina Negra!

Opus Sewaybricker
Enviado por Opus Sewaybricker em 05/02/2007
Código do texto: T370233