TRIBUTO
Não quero o pesadelo de uma despedida
Quando o mundo inteiro assiste inativo
A mais um fim sem recordações ou acenos.
Não quero a agonia de um disfarce
Entre os prantos perdidos de tanta tristeza
Na face das mães que perdem seus filhos nos braços.
Não desejo o mal daqueles que tentam roubar
Com falsas palavras a alegria dos inocentes
Que ainda tentam sobreviver ao futuro.
Não tento realizar grandes proezas espetaculares,
Nem quero ser apontada com trombetas na praça,
Tampouco mostrar uma realidade com desprezo.
Preciso provar que a vida está além da morte,
Que o amor é incondicional, eterno e grandioso,
Que as poucas horas do dia nos bastam
Para que possamos realizar o bem a todos
E continuarmos a viver com honra e caráter.
São Paulo, 22 de junho de 2012.