661) A beleza e a altivez

Faltam-me a beleza e a altivez da juventude,

Contudo, resta a maturidade capenga,

Nesta que por vezes nos vemos brincando,

Feito crianças.

E sentimos sobre nossas cabeças

O olhar dos desconfiados

A interrogar grotesca cena,

Do que se é permitido ainda luzir nesta idade.

Certa de que a nós são permitidos bem mais que agulha e crochê,

Talvez um lenço meio démodé,

A nos enroscar o pescoço e ombro em noites frescas.

Ou dançar na esquina à luz da lua, com um gole a mais.

O que importa? É possuir o olhar apaixonado

E o gosto pelo amor que não se esvai

Aos olhares vadios, meu silencio, os cortam.

E o meu corpo baila a luz e aos olhos...

Cris Amaral
Enviado por Cris Amaral em 22/07/2012
Reeditado em 13/08/2013
Código do texto: T3791461
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