Justiça
Na história humana houve sempre quem lutou por justiça.
Tal luta revela a face da injustiça: desejo, poder e cobiça.
Ela é confundida com justificação:
Conveniência dos interesses de poder,
Favorece os que têm melhor condição.
Noutros tempos já era desejada,
Os que lutaram por ela,
Plantaram a semente,
Poucos conseguiram vê-la aplicada.
Não seria possível construí-la coletivamente?
Mas e aqueles que não lutam e precisam?
Sempre é dito que a justiça é cega.
Quem cunhou essa máxima,
Disse a verdade.
Vejam os meninos nas ruas:
Não comem, mal dormem, nem estudam.
Para quê servem as instituições públicas e sociais?
Muito se fala, mas poucos a realizam.
Olhem os doentes nos hospitais,
Os ausentes de condições.
Estamos mais iguais,
Conforme a Constituição?
Quem afirmou a cegueira da justiça,
Esqueceu-se de dizer:
Ela é surda e muda!
Façamos de um jeito mais simples,
Sem desfazer o complexo:
Cada um conheça e cumpra sua função,
Boas atitudes exigem coerência e nexo,
Independente da condição,
Cada um tem dever cidadão:
Mulher, Homem, Criança ou Ancião.
Judeu, Islâmico, Ateu e Cristão.
Desempregados, Empresários ou líder da Nação.
Não é um debate de quem tem mais razão, autoridade ou indignação.
Todos têm seu dever:
Sendo responsáveis pelo que fazem,
Preocupados com o seu fazer,
Mesmo quando ninguém estiver vendo,
Nosso agir honesto permanecendo.
O que acha? Podemos concretizar?
Depende de mim e de você.
Não é distante nem difícil de praticar,
Não exige alta intelecção,
Tudo depende de boa vontade e ação.
Justiça se faz perfeita,
Quando realizada na prática.