PARA OS ALUNOS DE ROSANA CABRAL
me encurvo ante ao mito
à obscuridade da não compreensão
descarto todo mal que sinto
diante do texto fito a visão
enfado saber que não sei
austero caminho a trilhar
para que livre d'onde vaguei
sob as copas do ensino possa voar
ser livre, livre
majestosamente livre
livre do breu
da ignóbil hipocondria
ser livre, livre
majestosamente livre
o velho homem morreu
desfaço o erro e vivo novo dia
leio, logo vivo
escrevo, logo existo
calculo, logo agrego
pois agora
diante de nova aurora
somo cada passo
subtraio cada fracasso
divido o ensinamento
e multiplico o conhecimento
sou de pouco tempo inovado
novo ser em excelência moldado
agora do livro não mais isolado
finalmente ciente alfabetizado