O mato
Botaram fogo no mato
O mato que o homem queria
Só pra curtir um barato
E esquecer a dureza do dia
O que fizeram com o mato
Do homem, sua terapia
O mato no anonimato
Agora no fogo ardia
O mato barato do homem
O homem que o mato sabia
Do seu nome e sobrenome
E das suas poucas alegrias
E foi todo aquele aparato
Pro mato que no fogo ardia
Mas todos curtiram um barato
Enquanto a fumaça subia
Até mesmo Sêo Malaquias
Falou mais que língua de trapo
Chorou, fez sua apologia...
Só depois de saber que o mato
Também é erva medicinal
Como todo e qualquer outro mato
Que a mãe natureza por igual
Põem à mesa em seu mais singelo ato
E assim fiel ao seu repasto
Vive o homem entre talheres e pratos
E tenho dito!