De raspão...

Sou bala perdida

Sem alvo e sem direção

O peito atingido às vezes sente o impacto

A dor da ferida

Escoa pelas mãos

Palavras também são peças desse artefato

Carrego na espoleta

Minhas balas de festim

Pra só pegar de raspão o rechaçar das palavras

No espocar da escopeta

Ecoa o silencio em mim

Quando a língua é o gatilho de todas as armas

Quem cala consente

E quem consente cala

O alvo perfeito...O que de mim se assemelha

Já que a mente é quem mente

Tão somente pela fala

Pelo espelho se espelha e pelo espelho se espalha

Pela bala da fala

Pela fala da bala

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 16/10/2012
Código do texto: T3935701
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