Pátria que pariu
Pátria que se abriu
Nasceu um patriota sem vergonha, disseram que foi a cegonha de um bruto viril.
A noticia virou manchete, virou roteiro e todo mundo acreditou...
Conformidade virou sinônimo de segunda feira, terça feira e quatro freiras na porta do convento rezando pela fé direita. Quanta benevolência...
A cultura perfeita.. minha reverencia!
Outros vieram...
Arreganhando as pernas feito amostra grátis
Valores de graça
O povo ri assim mesmo e nem disfarça.
O Brasil cafetão me presta satisfação mesmo sem pedir perdão
De nojo finjo nem ser comigo
De novo minha realidade tenta fugir da verdade e buscar abrigo
Orgias de sustentabilidades mantenedoras da baixaria em ordem e progresso.
Vomitei ao entender onde estava. Agora confesso!
Corrida de mancos, pernas engessadas, mãos estendidas, louvores às promessas que fiz pra mim mesmo e já tenho pasmos.
Reconheço o ultimo capitulo de forma nostálgica, por toda vergonha que me cabe.
Senti-me tantas vezes órfão que não me comove a morte de meu país.
Aqui jaz um lugar bonito com impregnação de tentativas, de atos e fatos falhos, justiça justa como as manchetes de hoje, cabeças de vento, de nada e de alhos, como as de hoje.
Em meio à exumação do corpo, inseticida nas ideologias baratas e por cristão devoto que sou, permito-me a acreditar em ressurreição. Gritaram lá de fora: Tem jeito não!
Força Brasil feto, rico pobre, ousadinho e marginal que uma família de nível bom vai fazer uma adoção especial.
Olha a bola estufando as redes... Grita gol, que agora já é comercial!!! E aproveita pra dar uma olhada na mulata pelada do carnaval.
Tiago Ortaet®
12/03/2007