Dedos Finos

Esqueces que teu espelho é o outro.

Pois o outro é o que lhe convém.

Conta nos outros o pouco.

Mas tu mesmo não és mais que ninguém.

Eis que enaltece a capa sem vida.

E o teu ser permanece calado.

Julga no próximo sua lida,

Mas nem tu agüentas teu fado.

Tente olhar para estes teus finos dedos,

Raquíticos de imposição.

Enxergam supor segredos,

Mas em ti fogem à visão.

Ah, capa que mira e restringe...

Como podes poder julgar?

Como juras ver o outro e finge,

Se a ti mesmo não podes enxergar?

Victor Nogueira
Enviado por Victor Nogueira em 14/06/2013
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