PELAS RUAS, UM OLHAR

Pelas ruas, criança

pede um pedaço de pão.

Não traz no olhar esperança,

é frio o seu coração.

Corpo se arrasta, franzino,

sem tempo para brincar.

Nada mais que um menino,

sem rumo é seu caminhar.

Procura um gesto, um carinho,

que o faça, enfim, renascer.

Mas pelas ruas, sozinho,

dos sonhos parece esquecer.

Pés descalços, feridos,

fome a cada despertar.

Passado e presente perdidos,

futuro, sem brilho, no olhar.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 20/09/2013
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