BRUTALIDADE SOCIAL

Sou chamado de vagabundo

Discriminado por todo mundo

Só por causa da minha cor

Mas, eu não tenho culpa!

Ou será que devo pedir-lhe desculpas,

Apenas por quê sou negro doutor?

“Quando a viatura sái atrás do bandido”,

Enganosamente, eu sou confundido,

E a vítima diz: é esse o infrator!

-Ele apertou fortemente o meu pescoço

Deixou-me machucado olho roxo!

E finalmente molestou-me!

Ela sabe, que aquele não é o dito cujo!

É apenas um negro que do trabalho volta sujo

Um ser humano inocente!

E daí, quem seria o alguém,

Que defenderia um "Zé ninguém?”

Com suas unhas e dentes?

Mas por quê discriminação

Se a nossa grande nação

É gloriosamente multirracial?

Se normalidade é ter sangue puro

Conscientemente, eu asseguro-lhe:

Ninguém do Brasil é normal!

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 17/04/2007
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