O sinal
No sinal há um menino
Mas não há destino
Apenas o olhar perdido
Braços estendidos.
No carro o homem (cidadão)
Mas não há um coração
Apenas o medo, insegurança
Angústia, indecisão, desconfiança.
O menino bate no vidro, chama atenção
Insinua um sorriso, Mostra seu rosto triste,
Bate de novo, mostra as mãos vazias; insiste!
O cidadão encolhe-se, silencia .Faz uma oração!
O sinal abre, o carro avança
O menino sorri, não perde a esperança
O cidadão vai embora contrariado
Estes pedintes são muito abusados!
O sinal, o menino, o cidadão
Cenas diárias de um cotidiano
Que coloca em contradição
O nosso conceito de humano.