O sinal

No sinal há um menino

Mas não há destino

Apenas o olhar perdido

Braços estendidos.

No carro o homem (cidadão)

Mas não há um coração

Apenas o medo, insegurança

Angústia, indecisão, desconfiança.

O menino bate no vidro, chama atenção

Insinua um sorriso, Mostra seu rosto triste,

Bate de novo, mostra as mãos vazias; insiste!

O cidadão encolhe-se, silencia .Faz uma oração!

O sinal abre, o carro avança

O menino sorri, não perde a esperança

O cidadão vai embora contrariado

Estes pedintes são muito abusados!

O sinal, o menino, o cidadão

Cenas diárias de um cotidiano

Que coloca em contradição

O nosso conceito de humano.

Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 30/04/2007
Reeditado em 30/04/2007
Código do texto: T470020
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