Incômodo

Incomoda ao puro olhar

Os grãos espalhados...

Ao faminto,o grão perdido.

Incomoda à saliva

A água acumulada...

Ao sedento,o líquido desperdiçado.

Quanto incômodo ao homem...

As mãos que espalham

Pela calçada recortada

Remendos que não são

Os retalhos festivos da coberta.

Noemi de Carvalho Moura
Enviado por Noemi de Carvalho Moura em 03/03/2014
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