O mendigo
Avenida Protásio Alves, em Porto Alegre.
Corpo magro, esquelético, o rosto desaparecido na touca
Imunda, pés encardidos imersos em água turva,
Taquara rachada a chiar feito louca
Com a água que cai – é, água de chuva.
- Nisso, bem próximo, cochicham, debocham, sorriem
Os passantes idiotas do pobre estirado na sarjeta
Fétida, onde para consolo, tem
Ao lado a pinga; bebida do Capeta.