TEMORES...

Mirava bem da sua esquina...

Com medo de ser percebido.

Via em sua pálida retina,

Obrigando-se a ser corrompido...

E um novo sol a despontar...

E sem ter nem para onde correr...

Alma fria, quase a gelar...

Sem espaço para perceber.

Alienado sobre o domínio do medo

Uma peleja louca para existir...

Para muitos nem é mais segredo...

Dias piores ainda por vir...

E os seus medos batendo em sua porta...

Momentos que nunca esperava...

Todos lhes dando as costas

Para ver se ele aceitava...

Sem mais espaço até para o seu caminhar...

Suas dúvidas que lhe consome...

Mas... E aí...? É assim que vai ficar...?

E sua dignidade de homem...?

Sentindo na pele o desespero...

Em sua volta, tudo se compõem de incertezas...

Até há dúvidas se ainda terá

Um pouco de pão em sua mesa.

**(L.S)**

Lucas Santos
Enviado por Lucas Santos em 17/05/2014
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