Despertar do sono eterno

Noite, que a brisa fria não me queime a alma.

Alma, que nessa noite escura me mantenha calmo.

Peço que a chuva fina me embale o sono, todo solidão,

Para que a noite possa assobiar o pranto de uma canção.

Pingo de orvalho na pétala caída mostre uma vida generosa,

Penso que não é direito amarrar meu peito e viver assim.

Se a flor que me aroma a vida não pode ser aquecida,

Como irei regar nessa noite fria essa flor querida?

Noite que essa brisa passa levando ilusões.

Não deixa que o dia chegue mais perto, antes do descanso.

Alma que a brisa queima, meus olhos úmidos falam por mim.

E a noite rasteja com a brisa fria sem nunca ter fim.

A noite, depois madrugada, a brisa malvada começa a parar.

O sol não reclama e vê meus olhos fechados em cima da cama.

A aurora é o final de vida, aumenta meu sono num abraço amigo,

Se algum dia eu despertar desse sono, todos despertarão comigo.