SUSPENSO NO AR

Eu não preciso

De gravata ou terno de linho

Vivo feito passarinho

Sem asas eu posso voar...

E de que adianta

O convívio fútil com a vaidade

Se abraço essa cidade

Feito ave suspenso no ar...

Acostumei-me ao convívio

E sinto alivio

De não ter que suportar

A dor que trago no peito

Feita do pó do despeito

Que eu vejo em todo olhar

Embora eu tenha

Quem se despe pra mim e me atrai

Me tira o pó e me distrai

E me faz aquietar..

Por saber que eu sou matuto

Que eu sou bicho do mato

E que pelejo, labuto e reluto

Por esse chão onde o asfalto

(Quando não estou no alto)

Caleja meus pés

Caleja meus pés

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 29/08/2014
Código do texto: T4942171
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