Vivendo na verdade
Vivendo de vez em quando na dúvida
Vivendo nessa verdade úmida
Lembrarei das palavras que costumo dizer
Para entender, terei que viver
Vivendo em cada descoberta
No final, nada foi descoberto
Mas sempre foi, um livro aberto
Já escrito, mas antes moldado
Pelo trabalhador, pelo soldado
Saboreando, ás vezes a vitória
No final, terei a glória
De galho em galho, se sobe na árvore
Meu pulso firme, feito mármore
Ás vezes engolindo, o que não se quer ouvir
É só da memória, essa besteira excluir
Agora vemos o que queremos ver
Sentimos, sem nunca querer saber
Um dia estamos fracos feito palito
No outro, somos o granito
Vivendo, na chuva de mentiras
Vivendo, e encontrando traíras
Vivendo, na decepção
Na paixão
Uma grande canção
Uma grande tensão
Vivendo, e sempre, pensando
Sempre amando
O pensamento na cabeça
Todavia, passeando