TRÊS DESTINOS. (bicicletas, sombras na areia e três destinos).

TRÊS DESTINOS. (bicicletas, sombras na areia e três destinos).

Segunda feira idéias acesa.

Com a oração da certeza.

A memória quase presa.

O esquecimento da coisa.

Que coisa era?

A lembrança tão séria.

Que eu esqueci na idéia.

No limiar dessa era.

Patamar da terceira idade.

Dos anos que me abate.

Do prego, do alicate.

Fincado, nega descarte.

Eu só queria voar.

Com asas de duas rodas.

Sentar na minha piroga.

E com o índio remar.

E esqueci do arcanjo.

Não falei com meu anjo.

Como fazia as segunda.

Esse radar que inunda.

O meu contato com Deus.

Que ilumina a estrada.

Que está na minha garupa.

E segue minhas pegadas.

Na volta, doido de tantas.

Com a barriga estalando.

Com a bexiga estourando.

E a cabeça rodando.

Pela areia da praia.

Entre duas cidades.

No limiar do poente.

De Santos e São Vicente.

Uma visão tão marcante.

Como a chama do anjo.

O meu radar com o pai.

E a luz que emite esse arranjo.

Eu me senti tão feliz.

Com aquela rara visão.

E entre as duas cidades.

Cravadas no coração.

Mais na segunda; disseram:

Pra evitar ousadias.

Os entes da “Tia Maria”.

Assim marcara esse dia.

Pois apesar da poesia.

Daquela cara visão.

Aquela lua de outono.

Dava-nos a direção.

Acordo amargo e contente.

Da alma e do coração.

Com a barriga doendo.

E a bexiga ardendo.

Deixei no vaso a sujeira.

Que eu tinha dentro de mim.

Tomei um banho gelado.

E fui dormir no meu lado.

O sol por entre a janela.

Iluminou o meu rosto.

Energisou o meu corpo.

Fortificou esse sopro.

Que vem da mãe natureza.

Pra clarear minha mente.

Pra que eu caminhe a trilha.

Que Ele desenha pra gente.

Ao meu querido Pai e Pai!

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 02/06/2007
Reeditado em 18/07/2011
Código do texto: T510960