BETO HITLER DO PARANÁ (OU O MASSACRE DOS SERVIDORES DO PARANÁ)

Hitler não se deu por vencido.

cansado de ficar dormindo

em túmulo esquecido,

revolveu voltar à vida.

Ressuscitou então dos mortos

e veio habitar no Palácio Araucária,

na capital do Paraná!

Sim, no velho Paraná,

estado afamado,

até há pouco considerado

um lugar civilizado.

Todavia,

ao ouvir minha narrativa

sobre as ações ativadas

pelo Hitler do Paraná,

certamente todos nós haveremos de ficar

entristecidos, estarrecidos

e a nos perguntar:

será que um estado hitlerianizado

pode ser considerado um lugar civilizado

onde alguém há de querer morar?

Os fatos que vou narrar

sobre as ações impetradas

pelo Hitler do Paraná,

a todos nós compete

amplamente divulgar

nas escolas, TVs, jornais, rádios e internet.

Pois não são mero “causo” lúdico,

mas sim fatos sérios

que envolvem o interesse público

já que demonstram os impropérios

de um estado que é tomado

e transformado em império

por um governador despido de pudor

que acata e aplica a tirania

como praxe política de valor!

A “ressurreição” do Hitler novo

se deu no tempo da eleição,

em outubro de 2014,

quando o então governador,

com promessas renovadas,

convenceu o eleitorado

a elegê-lo de novo

para mais um mandato

no governo do estado.

Tomado das urnas o resultado,

o reeleito candidato,

(o nosso Hitler em questão)

sentiu-se tão aclamado

que pensou-se ser um deus

autorizado a sepultar

as leis da constituição.

De novo governador,

ele logo se arvorou

em déspota, imperador.

E chamou todos os seus:

secretários, deputados,

e sobretudo militares,

para engendrar contra o povo

todas cenas de horror,

Em primeiro lugar,

para implantar o seu plano,

Hitler instituiu, no fim do ano,

um “pacotaço” tirano

que atuava redobrando

o preço de todo artigo

consumido no Paraná:

ICMS e impostos sortidos,

tais quais IPVA,

passaram a escorchar

trabalhadores, empregados,

empregadores e aposentados...

No episódio relatado,

coadjuvado por deputados

a ele mancomunados,

liderados por Ademar Traiano,

e por mídias conservadoras

financiadas pelo Estado,

num acelerado “é pra já”,

Hitler empurrou, com escracho,

goela do povo abaixo,

o seu plano denominado

“pacotaço de maldades”,

já que sua finalidade

era pilhar sem piedade

e com destreza de ladrão,

sugando sem compaixão

toda riqueza produzida

pelo trabalho engendrado

no território do estado,

onde o povão passou então

a ser mais e mais pilhado.

O Paraná viu aumentar

de forma viril e patética

os impostos, em grandes vultos,

sobre a energia elétrica

e inúmeros outros produtos,

como antes visto jamais,

em 40, 50% ou até mais.

No ano seguinte, 2015,

nos idos do mês de abriu,

Hitler, de modo insano,

ganhou ainda mais fama

quando então instituiu

outro projeto infame.

Fazendo-se de rogado,

não se deu por contentado

com o mal antes já feito

à população do estado,

assim que fora reeleito.

Neste novo episódio,

resolveu meter o peito

e implantar de vez o ódio

contra quem viesse afrontar

o seu plano de sugar

o povo do Paraná.

Visando angariar

ainda mais dinheiro

pra financiar os cofres do estado

por ele próprio quebrado,

Hitler, com mil trejeitos,

resolveu retirar direitos

desde muito conquistados

dos servidores do estado.

O setor por ele mirado,

colocado em evidência,

eleito pra ser pilhado,

foi o cofre da previdência,

dinheiro desde tempos poupado

pelos funcionários do Estado

para garantir-lhes algum dia

uma integral aposentadoria.

Mas seguindo tal compasso,

sem pensar nas conseqüências,

ou no respeito e decência,

Hitler armou o seu laço:

juntou forças e braços,

todos pagos pelo Estado:

o aparato da justiça;

da Assembleia Legislativa

liderada de forma passiva

pelos deputados Ademar Traiano,

presidente da casa,

o qual a liderou como um tirano

e Luiz Romanelli,

líder servil do governo

que obedeceu Hitler com zelo.

E Hitler contava, sobretudo,

com o serviço da bem armada

força militarizada a qual, içada,

sustentaria com bom grado

a política que ele estabeleceu

no Estado que é do povo

mas que foi por ele “tomado”,

e tratado como seu.

Assim, bem amparado

por todo esse aparato,

Hitler assim faria:

imporia à revelia

e sem o menor pudor,

um “pacotaço” que mexeria

nas aposentadorias

de todo que é servidor.

O projeto, se aprovado,

tomaria dos servidores

os recursos por eles poupados

durante anos a fio.

E, depois de surrupiados

pelo imperador sem brio,

o plano de Hitler previa

que ficariam os servidores

abandonados à própria sorte.

Se quisessem, entretanto,

lutar pra fugir da morte

e terem aposentadoria

remunerada em justa quantia,

a partir da lei a ser imposta,

eles que se virassem,

que pagassem órgão privado

para ter alguma garantia

de que, um dia, na velhice,

conseguiriam se tornar aposentados

decentemente remunerados.

Ou seja,

num esquema de ingerência

o sistema da previdência

dos servidores do Estado

seria, na verdade,

efetivamente privatizado.

Para enfrentar tal situação

os servidores, organizados,

reuniram em Curitiba

uma grande multidão

de professores e outros servidores

dos mais diversos setores:

educação, saúde, justiça, segurança

e outros mais:

20 a 30 mil almas tomaram

a Praça Nossa Senhora da Salete

e içaram um amplo protesto

contra o projeto de Hitler

considerado abjeto,

pois se, aprovado, roubaria

de modo definitivo

seus direitos conquistados

de justa aposentadoria,

o que lhes era aflitivo.

Para encurtar a história,

e refrescar nossa memória

abordarei de modo sucinto

esse episódio triste

de 29 de abril de 2015.

Nessa data,

Que ficará pra sempre marcada

o Hitler do Paraná

coordenou com afinco

os vincos de um massacre

contra o movimento pacífico

dos servidores, acima descrito,

que sofreram, naquele dia,

repressão de extremos rigores

numa operação cujos pendores

fazem jus a filmes de horrores.

Naquele dia de completa covardia,

o Paraná todo assistiu

quando o dedo de Hitler, em riste,

ativou, com Francischini,

secretário da segurança

e comandante da polícia,

a operação cala-boca

na qual cães adestrados

eram atiçados, de forma louca,

contra os manifestantes;

e bombas de gás lacrimogêneo

eram lançadas com empenho,

sobre eles, a todo instante,

seja de helicópteros em rasante

ou do alto de prédios,

onde policiais a postos

obedeciam as ordens régias

dos egrégios comandantes.

E, na linha do chão,

o que mais se viu então,

além das bombas atiradas,

sem o menor pudor ou brio,

foram cacetetadas

e balas de borracha atiradas,

umas quantas mil,

além de sprays de pimenta

e um caminhão lança-água,

os quais se lançavam violentamente

contra a multidão de homens,

mulheres, crianças e idosos

que na praça estavam

apenas protestando contra os atos

de um estado tornado viril,

sangrento, desumano,

hostil e criminoso

que agora massacrava,

de modo ignominioso,

os servidores do seu próprio povo!

Antes denominada

Nossa Senhora da Salete,

à praça que assistiu

o massacre ao manifesto

hoje talvez compete

dar outra denominação

ponderada como mais correta:

passa agora a ser chamada

“Praça dos horrores do Paraná”,

já que ela se tornou

o primoroso palco

de um massacre horroroso

que será lembrado com nojo,

por toda a posteridade,

como a maior vergonha do estado

que, primeiro assaltou

de modo escandaloso

e depois atacou, agrediu, feriu

de modo covarde e raivoso,

os servidores prestadores

de bons tratos ao seu povo!

Praça que ouviu e ressentiu

tantos gritos incontidos

de mais de duzentos

homens e mulheres

tratados como raiventas feras,

que, então foram acuadas,

surradas, baleadas, bombardeadas

coisa que até hoje,

em nenhum estado democrático do Brasil,

jamais se viu!

Como resultado

daquele atentado à vida,

ao todo, cerca de 300 servidores

ficaram feridos fisicamente,

alguns gravemente.

E todos os demais

20 a 30 mil servidores

amargarão psicologicamente,

pela vida afora

traumas ligados aos atos

por Hitler engendrados naquela data:

atos emprenhados

de violência, agressão e dor.

Por liderar o show

que adotou requintes de horror,

o governador do estado

(que, esperamos,

seja por seus atos responsabilizado)

foi então rebatizado.

Se antes era chamado Beto Richa,

passou a ser denominado Beto Hitler,

ficando assinalado como grande ditador

que tramou, conscientemente,

um massacre sem precedentes

contra os servidores do estado

que lutavam apenasmente

por direitos conquistados

ameaçados de serem roubados

por um governo opressor

que tiranizou de modo desavergonhado

a vida do povo do estado.

Todavia, vale registrar

que, em tal episódio,

juntamente com os direitos

dos referidos servidores,

amplamente lesados,

igualmente fora quebrado

todo um patrimônio moral,

historicamente engendrado

pela gente do Paraná.

Tal patrimônio fora agora atirado

no mais podre lodaçal,

local este onde hoje está

o respeito nacional e internacional

dado ao estado do Paraná,

governado pelo Hitler que fora

por Beto Richa ressuscitado

e que será lembrado

por tempo a perder de vista

como um político ridículo, nazifascista

massacrador dos professores

e servidores do estado.

Luiz Carlos Flávio

Luiz Carlos Flávio
Enviado por Luiz Carlos Flávio em 04/05/2015
Reeditado em 06/05/2015
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