Declaração visível de um ser invisível

Por excesso de afeto fui assim um feto, de carne e osso, alma ou espírito, fome e sede, de um núcleo familiar pai e mãe, pai e pai, mãe e mãe “sei lá, já não me recordo mais” nasci e, de qualquer forma, fui eu ser humano.

Dotado de necessidades tangíveis e intangíveis, específicas e esporádicas, largas e curtas, amor e ódio, “aos trancos e barrancos, uma grande incerteza, para falar a verdade” cresci e, de qualquer forma, almejei eu ser humano.

Hoje, criado, dotado das mesmas necessidades, de qualquer forma, sendo eu ser humano perdi minha dignidade, sanidade e em meio à impunidade e crueldade dessa selva de pedra estou eu inseguro, em desuso, perdido em meu mundo, como vim ao mundo, em posição fetal, na invisibilidade social.

Ayron Barsan
Enviado por Ayron Barsan em 06/05/2015
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