OS PROFESSORES BLACK BLOCS DO PARANÁ (ou a estorinha mentirosa de Beto Hitler)

A estória pequenina

que agora vou contar

parece até falsidade

ou estória espalhafatosa

que alguém quis inventar

Alerto-vos, no entanto,

que esta estória que conto

aconteceu de verdade,

não é coisa imaginada

como um causo ou um conto

que se conta pra ter prosa.

Ocorreu num dia frio

em 29 de abril, ano 2015,

no Paraná de Beto Richa

governador de atuação rígida,

de polícia talentosa

que se entrega, gloriosa,

na defesa do estado,

que, qual toda sua política,

não conhecia malícia

ou atitude mentirosa!

Durante uma manifestação

contra o então governador,

um trabalhador inveterado

que lutava todo dia

pela democracia no estado,

sua polícia seria ferozmente atacada

por professores (acreditem!),

incrivelmente armados.

Sim, ouviram bem o que eu disse:

eram os professores black blocs,

que formavam um batalhão

uma multidão sem limites

a qual, fugindo do serviço

em greve sem necessidade,

planejaram um ataque

fulminante de verdade

com excesso em vigor

contra todo o exército

do distinto governador.

Os soldados, contudo,

não estavam preparados

para o embate desalmado

em que professores black blocs

os atacavam, sem pudor

militares do estado,

articulando, sem paródia,

o sangrento episódio

brevemente aqui narrado.

Vou contar aqui então

alguns fatos ocorridos

naquela ocasião

em que professores black blocs,

desvalidos de piedade,

entraram em forte ação

contra os poderes militares

daquele rico estado.

Os soldados, despreparados

para um ataque tão cruel

foram barbaramente massacrados

de modo inesperado,

já que os temíveis black blocs,

professores organizados,

atiravam, orquestrados,

em bloco e desvairados,

uma saraivada abjeta

de incontáveis objetos

sobre os pobres militares:

gizes, cantos, bordões e palavras.

E também, ainda mais:

pamonhas de milho,

bolinhos de polvilho

e perigosos copos d’água

todas armas pesadas

incrivelmente inesperadas

que eram covardemente

sobre os militares lançadas.

Estes, pegos de surpresa,

bombardeados, sem defesa,

ficaram todos machucados.

E, se ainda não bastassem

os requintes de maldades,

já por nós bem aventados,

os black blocs professores

ainda arremessavam

sobre os indefesos soldados

que estavam desarmados:

muitas flores contaminadas

pelas mãos dos agressores

e salgados, desses comprados

de vendedores desocupados,

que comercializavam mais e mais

esses produtos ilegais

em praças públicas do estado

que somente está quebrado

não por atos corruptos

do governador do estado,

mas por causa dos tais produtos piratas

como as flores e salgados vendidos,

naquela fatídica praça

de nome que ninguém esquece:

Nossa Senhora da Salete.

Nela, comerciantes atrevidos

foram fontes de horrores

ao venderem aquelas armas

aos black blocks professores.

As flores e salgados

nos militares lançados

pelos afamados Black blocs

são simbolizadores

da fúria dos agressores

aos honrados militares,

esses servidores iniguais

movidos tão somente

por atitudes de paz

que mostram a face e a praxe

de um estado generoso

que sempre defendeu seu povo

com um modo bem honroso!

Atacados pelos atos de horrores

dos black blocs professores,

de modo inesperado,

os pobres militares

sofreram impactos reais

daquelas armas quase letais

(gizes, palavras,

pamonhas de milho,

bolinhos de polvilho,

copos d’água,

flores contaminadas

e salgados comprados

de vendedores ilegais).

E todos eles (os militares)

uns 4.500 ou mais

ficaram brutalmente feridos

em ação que dá os ares

de real judiação.

Pois todos os militares

Ficaram estendidos no chão,

dominados e ensangüentados...

E tiveram então que ser levados

aos pronto-socorros de Curitiba,

mas também de todas cidades

da metropolitana região

onde a saúde era bem ativa,

já que, ante a maldade insana,

com enfoques de horrores,

dos black blocs professores,

somente os hospitais da capital

não deram conta legal

de atender decentemente

o total de militares

que eram um mar de gente

nos corredores dos hospitais

clamando atendimento.

Há que aqui se registrar

e um ponto enfatizar:

os pobres militares,

embora desesperados

ante os maus tratos sofridos,

naquela praça de horrores,

foram todos incapazes

de revidar qualquer ação

contra a guerrilha sem noção

impetrada pelas mãos

dos black blocs professores.

E não se dando por satisfeitos,

ouçam ainda este pacote

de maldades e desrespeito

às leis e aos direitos,

organizado pelos malvados

professores black blocks.

Depois de dominarem,

de forma muito ativa,

a Assembleia Legislativa,

e amarrar, com nós atados,

os deputados do Estado,

forçando-os a ficarem calados

diante da situação,

os black blocs professores

deram um golpe de furor

também no governador

e em todos os cidadãos

que ao Estado de direito

devotam amor e respeito.

Eis a tirania de sua ação:

invadiram em assalto

as redações de jornais

existentes no Brasil

e em todas as demais

sucursais internacionais.

E forçaram os jornalistas,

(pondo a faca em seus pescoços)

a forjarem muitas imagens,

muitos vídeos e escritas

que escondiam com maestria

todos os seus feitos loucos.

Fizeram então circular

imagens, vídeos e artigos

de cunhos os mais fascistas

que mostravam professores

apanhando da polícia.

E, assim, com isto em fito,

viciaram de modo profundo

as notícias veiculadas

em toda imprensa do mundo,

enganando os leitores,

já que foram os militares

que sangraram de verdade

pelas ações dos agressores,

os terríveis professores

reunidos em malocas

de temíveis black blocs.

Foi por isso, meus amigos

que, ao invés de divulgarem

os militares sendo agredidos,

as imagens dos black blocs

que correram pelas mídias

apresentam professores

sendo gravemente feridos,

como se eles realmente

é que tivessem sofrido

ataques dos militares,

o que, mostramos de modo atido,

não foi o drama ocorrido.

Aos bravos militares

que sofreram tal massacre

há que se louvar os seus atos.

Pois sabemos que, de fato,

além de bem preparados,

todos eles se apresentaram

naquele dia, naquela praça,

pra defender, com fado e raça

os cidadãos de bem do estado.

O estado, por sua vez,

mandou os militares

apenas para fazer

cumprir o que mandam as leis

como expresso com ardor,

em toda a imprensa,

pelo distinto governador.

E para fazer um desagravo

aos militares machucados,

o governador do estado

mandou publicar em edital

este anúncio em que traz

em letras bem garrafais:

“A polícia do estado

procura desesperadamente

os black blocks professores

que ao estado causaram

muitas perdas e horrores

ao atacarem os militares

de modo assaz delinquente

com armas que fazem frente

aos regimes de horrores.

E avisa ao estado inteiro:

denunciem esses guerrilheiros

porque assim hão de contar

com gratidão sem cessar

de toda a gente hordeira

do estado do Paraná,

a qual tem se manifestado

em defesa do estado.

E os denunciadores

receberão boa recompensa

das mãos do governador:

um milhão, que é dinheiro

não de corrupção,

mas tomado dos pendores

dos cofres do estado tão rico

que valoriza com afinco

trabalhadores, funcionários, operários,

aposentados e até professores.”

Mas Beto Richa diz em foco:

“Só valorizamos professores

que demonstrem ter valor

dando aulas com estima

sem criticar o estado

e, sobretudo, o governador,

que defende os cidadãos

das mãos dos seus agressores,

como esses black blocs

que são maus servidores.

Ajudem-nos a zelar do estado

contra tais arruaceiros

esses terríveis guerrilheiros

que, de forma desonrosa,

de um modo sem igual,

atacaram os militares,

deixando o nosso estado

em situação de pleno mal,

atingido e sem moral,

face aos atos de horrores

desses terríveis black blocs

que se dizem professores...

(Luiz Carlos Flávio)

Luiz Carlos Flávio
Enviado por Luiz Carlos Flávio em 06/05/2015
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