Poesia ativa (o pão da educação)
A geografia é ativa e apraz quando se faz viva poesia,
provocativa no indagar o pensar, olhar, agir sobre o mundo e derredor, buscando um sentido maior que abre a mente, e faz ver fundo: o que mente, o formal e o indecente... A reflexão que se quer agregar fala da geografia que desoculta (aos olhos) tempos, espaços, territórios e paisagens abruptas, perdidas, roubadas, regradas, iludidas... Quer falar do profícuo e profundo galgar da ávida filosofia que abre as cortinas da vida em seu complexo deslizar... Nossa reflexão quer ser semente que planta outros dias em que as gentes terão o pão num mundo de mais valia: não a mais-valia que rouba sonhos, alegrias e produções, mas a mais valia da vida regada e saciada com o pão sagrado da educação. Geografia em poesias quer plantar reflexão pra repensar as correntes míopes ou cegas. E se encarrega
de cultivos bem
fecundos
pra fazer
(re)ver os
mundos
pelo crivo
profundo
de outras
lentes.
Quer plantar
conhecimentos
de olhares
contundentes
capazes de tecer,
de repente, outras
vigas, outras bases
de vidas decentes
pras gentes.
(Poema extraído do Livro: "Geografia em poesias: tempos, espaços, pensamentos - Luiz Carlos Flávio).