Herança Maldita

Numa pequena cidade havia

Um homem que logo cedo

Seu cigarro acendia.

Uma dose fumegante de café.

Ritual iniciado:

Corta fumo, enrola o cigarro, “lembe o papé”...

Esse é o primeiro do monte a ser fumado.

Passa pela estrada

Antes de ‘raiá’ o dia

Mais uma brasa apertada

Companheira da hora sombria.

Uma tosse, uma fungada

Fumaça no nariz, no pulmão.

Já levanta a ‘fiarada’

Logo ‘pedino’ pão

‘Tentano’ ‘vencê’ a fumaça

E do pai ‘recebê’ ‘benção’!

Cofe, cofe, cofe! Continua ladainha.

– Larga esse troço ‘home’ de ‘Deus’...

Pensa nos ‘fios’ teus!

– Me ‘dexa’ que a vida é minha!

Isso foi numa pequena cidade

La do meu interior.

Recordo com muita do meu querido avô.

Que fumou sua vitalidade

Herança ‘mardita’ deixou!

Hoje não tenho liberdade...

Triste sina!

No leito dum hospital,

Vejo minha pequenina

Sofrendo com meu mal.

Que terrível!

Que cena horrível, desgraça!

Do pai a privei

Seus sonhos roubei.

Agora tudo virou fumaça!!

jackson cruz
Enviado por jackson cruz em 14/07/2015
Código do texto: T5311096
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